
Assim começa a história do nosso planeta. Muito antes do homem aparecer na face da terra, o planeta já era um lindo jardim.
Lindo?
Certamente, na mesma medida que achamos a natureza linda, a tal ponto de ter conseguido transformar inúmeros locais naturais em atrativos turísticos para poder vendê-los, apenas para visitação...
Um dia, o homem apareceu nesse jardim.
Certamente a vida era diferente naquela época, provavelmente semelhante à vida dos animais, lutando diariamente pela sobrevivência. Mas sobreviveu, se multiplicou e, pela sua capacidade intelectual ímpar, constituiu-se em sociedades.
A vida em sociedade implica em interações, em cooperações, como acontece na natureza em todo ecossistema, e poderíamos comparar uma sociedade com um ecossistema onde ocorre uma teia de interações que levam à evolução ou, pelo menos, à continuidade do sistema coletivo.
Mas, pela mesma capacidade intelectual ímpar, desenvolveram-se também outros sentimentos do que a cooperação, desenvolveu-se a dominação.
Seja por cobiça, inveja ou incompetência, a coerção passou a ser a forma de dominação e o caminho da liderança. Com ela, nasceu o medo, mas também nasceu a vingança. Assim sendo, o cenário social oscilava entre dominações temporárias e vinganças pontuais.
O desenvolvimento da humanidade acompanhou-se do desenvolvimento do seu intelecto e, certa vez, o ser humano inventou uma alternativa à dominação física: a dominação espiritual.
Mas a dominação tinha de ser construída sobre o mesmo sentimento: o medo.
Numa manifestação ímpar da sua capacidade intelectual, inventou um deus ao qual haveria de obedecer a risca. Criaram-se estórias extremamente sugestivas, dignas dos melhores enredos, uma das quais o episódio da maçã, simbolizando o nascimento da humanidade, impondo-lhe regras, obrigações, temores...
Assim sendo, inventaram a primeira lei: a censura, tendo como corolário a exclusão!
por Lucas Matheron (http://www.lucas-traduction.trd.br/)
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