
Interessante é de se perguntar, também, do por que foram eleitos. A resposta é simples, e óbvia: porque foram candidatos! E que só havia opção entre uns candidatos já bandidos e outros duvidosos, resultado do sistema anterior, fundador da consciência política contemporânea, atual.Esse quadro, potencializado no Brasil pela ditadura militar, se observa em outros países, até nas tradicionais 'democracias' tomadas como exemplos nos quais se costuma espelhar-se. Mas, lá também, o espelho está embaçado e a democracia é tão ilusória quanto aqui, embora compensada pelo engajamento político individual que faz as pessoas irem às ruas protestar quando o vaso transborda.
Mas por que será que as pessoas "de bem" não se candidatam?Justamente por desacreditarem...Mas será que há alguma coisa em acreditar, ou esperar, dentro de um sistema tão falho quanto esse sistema globalizado da corrupção, da bandidagem e da absolvição predeterminada?Por outra parte, é muito difícil, quando não impossível, sair um candidato que não compactue com o 'establishment', que não faça parte de um partido político, que não entre no sistema que faz eleger alguém 'pela legenda'!!!O sistema é mesmo anti-democrático, não há dúvida. Na realidade, estamos a mercê de um sistema nada democrático em que nada nos leva a acreditar nele. Estamos vivendo em um sistema no qual reina a ditadura das minorias!
Vivemos com medo sob a pressão de uma minoria de bandidos cuja violência nos tranca dentro de casa após as 19 horas, e a polícia, que deveria proteger o cidadão, está sendo reduzida em efetivos a medida que a população (global e marginal) aumenta, por decisão dos nossos administradores, enquanto nossos legisladores buscam beneficiar a população carceral (com férias, bolsa bandido, e outras 'regalias' exóticas), isso quando o nosso judiciário não os liberta, simplesmente.
Vivemos espremidos sob uma carga tributária que nos é imposta por uma minoria de políticos que desviam esses recursos públicos em benefício próprio. Acreditaríamos se os nossos impostos fossem revertidos em estradas, em escolas, em hospitais, em empregos, assuntos que sempre fazem parte dos discursos políticos sem nunca virarem realidade.
Vivemos esmagados por uma minoria de instituições financeiras que enriquecem as nossas custas, nos escravizando através do crédito a juros escorchantes com o apoio dos políticos sob o discurso de que isso ou aquilo é para o bem da economia do país. E possivelmente estão certos, dentro do contexto da roubalheira globalizada!
Vivemos sob a ditadura da mídia, monopolizada por uma minoria de pessoas fazendo o jogo, e a serviço dos ‘poderosos’, ou seja, das grandes corporações, para conservar-lhes o poder, e manter o povo no ‘Abestalhamento Novelar Global’.
Vivemos sob o julgo de uma meia dúzia de multinacionais que produzem química, para agricultura, para remédios, para qualquer coisa e que nos envenenam, dia após dia, continuando a produção e a venda de produtos reconhecidamente nefastos à saúde, com a benção dos amigos políticos, mais uma vez.
Vivemos sob a dominação e ao ritmo de uma minoria abestalhada pelo futebol midiatizado, tendo que suportar, enquanto indivíduos, as gritarias, bebedeiras e sujeiras inerentes as comemorações futebolísticas, e tendo que arcar, enquanto cidadãos, com os custos da alegria dos foliões, tudo com a cumplicidade manifesta dos nossos gestores (leia-se, mais uma vez, os políticos, municipais, estaduais ou federais em busca de qualquer forma de ganhar um votinho aqui um outro acolá). Afinal, já o imperador Romano Júlio Cesar dizia: “Dêem-lhes pão e jogos”.
Vivemos sob o julgo de uma meia dúzia de multinacionais que produzem química, para agricultura, para remédios, para qualquer coisa e que nos envenenam, dia após dia, continuando a produção e a venda de produtos reconhecidamente nefastos à saúde, com a benção dos amigos políticos, mais uma vez.
Vivemos sob a dominação e ao ritmo de uma minoria abestalhada pelo futebol midiatizado, tendo que suportar, enquanto indivíduos, as gritarias, bebedeiras e sujeiras inerentes as comemorações futebolísticas, e tendo que arcar, enquanto cidadãos, com os custos da alegria dos foliões, tudo com a cumplicidade manifesta dos nossos gestores (leia-se, mais uma vez, os políticos, municipais, estaduais ou federais em busca de qualquer forma de ganhar um votinho aqui um outro acolá). Afinal, já o imperador Romano Júlio Cesar dizia: “Dêem-lhes pão e jogos”.
E por aí vamos... e pergunto, então:Haveríamos de acreditar na política oriunda desse sistema que rege o mundo atual?Ou, melhor, deveríamos fomentar a revolta e a revolução contra essa minoria nojenta que explora o ser humano desde a noite dos tempos e que ninguém, até hoje conseguiu remover?
por Leila Tebet
imagem por Piresss